domingo, 21 de agosto de 2011

QUALIDADE OU QUALIDADES?


Pode-se dizer que todos os estudos sobre o fenômeno educacional implícita
ou explicitamente, parecem discutir, questionar e, no limite, apontar novos métodos,
estratégias, meios etc. para uma melhoria da assim chamada qualidade da
educação. O mesmo vale para as políticas educacionais, especialmente no que diz
respeito às chamadas “reformas educacionais” que, ao menos no plano do discurso,
justificam suas propostas e projetos com base na necessária busca da melhoria
da qualidade da educação.
Pode-se observar, assim, que “qualidade” não se traduz em um conceito
único, universal e absoluto, de tal modo que diferentes setores da sociedade e
diferentes políticas educacionais podem tomá-lo de modo absolutamente diverso.
José Gimeno Sacristán, ao discutir os problemas relativos a reformas educacionais
implementadas sem maiores considerações, diz o seguinte acerca da questão
da qualidade:
Outra das características estruturais das reformas educacionais atuais é sua justificação
pela busca de uma melhor qualidade. Contraditoriamente, em tempos de crise
de expansão e escassez de recursos, o apelo à qualidade aparece como palavra de
ordem de justificação das reformas e das políticas educacionais. (1996, p.63)
Um dos problemas mais recorrentes é que, especialmente os documentos
legais que apresentam a busca de melhoria da qualidade como meta não especificam
o que ela seria, como se expressaria ou em quais critérios poderia se pautar e,
mais sério, quais seriam as ações concretas que viabilizariam o alcance de uma “nova” qualidade. Assim, principalmente “em momentos de crise no gasto social, o
discurso sobre a qualidade se restringe a certos significados mais estritamente eficientistas e a argumentos técnicos” (Sacristán, 1996, p.64). Vale lembrar que uma
boa educação tem um custo e que ele não é baixo; portanto, falar em qualidade na
educação implica necessariamente discutir recursos para o seu financiamento (Pinto,
2000).

Fontes:http://www.scielo.br/pdf/cp/n119/n119a05.pdf

domingo, 14 de agosto de 2011

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."

Jean Piaget

Proffessor

Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire